ABSTRACT Eugenics was born at the end of the 19th century, in England, with Francis Galton (1822-1911) as its main protagonist; in Brazil, it arrived at the turn of the 19th to the 20th century, but gained capillarity from the role of Renato Kehl (1889-1974). Eugenicists believed in its effectuation to eliminate groups that presented abnormal behavior, through birth control policies, physical elimination and other methods. The purpose of this article is to discuss eugenic practices in Brazil, from the years 1945 onwards, from the civil military coup of 1964; still, it is intended to demonstrate the permanence of eugenics from the trade of DNA test kits and other practices that translate into positive eugenics. Finally, we seek to expose how eugenics was made explicit in Brazil, in the context of the Covid-19 Pandemic.
RESUMO A eugenia nasceu no final do século XIX, na Inglaterra, tendo como principal protagonista Francis Galton (1822-1911). Ao Brasil, chegou na passagem do século XIX para o XX, mas ganhou capilaridade a partir do protagonismo de Renato Kehl (1889-1974). Os eugenistas acreditavam na efetivação da prática para eliminar os grupos que apresentavam comportamentos anormais, por meio de políticas de controle de natalidade, eliminação física e outros métodos. O presente artigo tem como finalidade discorrer sobre as práticas eugênicas no Brasil, a partir dos anos 1945, a partir do golpe civil militar de 1964. Além disso, pretende-se demonstrar a permanência da eugenia a partir do comércio de kits de exame de DNA e outras práticas que se traduzem na eugenia positiva. Por fim, procuramos expor como a eugenia se explicitou no Brasil, no contexto da Pandemia da Covid-19.